CBN BRASIL

Tuesday, October 29, 2013

O PRIMEIRO ASSALTO NO RIO DE JANEIRO...IMPERDIVEL.....

                            
Eu sabia que mas cedo ou mas tarde chegaria a minha vez. Existem coisa inevitaveis a um cidadão de classe media da Zona Sul do Rio de Janeiro. Uma delas é pagar imposto. A outra é ser assaltado. Até que resisti muito. Conheço historia de garotos que sofreram o primeito assalto antes da primeira comunhão.
Vinha me preparando durante todos esses anos,com a disciplina de um maratonista,para enfrentar o primeiro assalto. O primeiro assalto é algo tão importante na vida das pessoas quanto o primeiro beijo ou o primeiro amor. Treinei duro, fazendo caras diante do espelho,decorando frases aperfeiçoando a expressão corporal. Nas reuniões socias, ouvia atentamente as narrativas dos assaltados. Ás vezes, devo dizer, ficava meio deprimido por que todas as pessoas que conheço ja tinha sido assaltadas, enquanto eu continuava circulando impunimente ha mas de 40 anos pelas ruas e vielas da cidade. Por que essa discriminação? Tenho cara de quem ganha salario mínimo?
Enfim, aconteceuna porta da garagem do meu predio. Sempre ouvi isso nas iincontaveis historia sobre assaltos a edifícios, que os ladrões são rapazes brozeados, elegantes, terno e gravada, bem falantes e desembaraçados como vendedor de enciclopédia. Ao olhar pro meu primeiro assaltante, confesso que senti uma pontinha de frustração. Era um tipo magro abatido, com os dentes em pessímo estado e vestido como se fosse para um arraial de são joão. Ainda por cima, era gago.
Devia ser oito e meia da noite quando cheguei com Eliane à porta da garagem. Saltei toquei a campainha e voltei ao carro, aguardando o porteiro. Foi nesse instante que ele apareceu. Uma forte emoção mim subiu pelo corpo. Tratava-se afinal de um momento ansiosamentr esperado, por muitos e muitos anos. Aproximou-se da minha janela, exibiu seu 38 e anuciou:
_ Isso é um... é um as..ass..asss...
_ Assalto? _ antecipei-me, nervoso com a aquele suspense.
_ É isso aí! Vai-vai pás... sando as jô-jó...jô-jó...
_ jô-jó? Não sei o que é..._ fiz-me de desentendido, procurando ganhar tempo até a chegada do porteiro.
_ Você sa... sa-sa... sa-sa...
_ Sassassaricando!?
Lembrei-me dos meus tempos de jogar mímica.
Ele deu o com o cano meu ombro, irritado, mas sem nenhuma autoridade. Tinha um comportamento de amador. Eu estava mais preparado para ser assaltado do que ele para assaltar. Sem duvida era um novato no ramo. Talvez estivéssemos participando, ambos, do primeiro assalto.
_ Quero o ouro _ disse, muito trêmulo
_ Tudo bem. você terá... _procurei acalma-lo._ fique tranquilo.
_ quem disse que não to tranq.. tranks... calmo?
Quando Eliane começou a tirar as pulserinha, o porteito abriu a porta da garagem com grande estardalhaço ( a porta esta meio emperrada, raspando no chão). O assaltante meteu o revólver na cintura e partiu para cima do porteiro, empurrando-o contra a parede.
_ Você fi...fi...fi-ficai!
_ O porteiro sem saber do que se tratava reagiu agressivo:
_ Fico aqui por que,pô? 
Os dois começaram a discutir na frente do meu carro. Eliane sugeriu que déssemos à marcha ré a proveitando a distração do ladrão e fossemos chamar a PM.
_ Negativo _ respondi_ venho mim preparando há muitos anos para esse momento. Agora quero saber como vai acabar.
_ Que loucura! quer dizer que você quer ser assaltado?
_ Quero. Você não sabe que tenho um problema de rejeição com relação a assaltos? Se nos sairmos daqui, quem vai ser assaltado é o porteiro. Ele não vai me roubar a cena. este assalto é meu! 
_ Recuperamos a tranquilidade e volramos a conversa[...]. À nossa frente, menos de um metro, o porteiro e o assaltante continuavam num bate-boca como se discutisse a constituinte.
_ Fi-ficaí encostado na pa-pa... pa-pa... pa-rede, que eu to mandando!
_ Qualé, cara! _ retrucou o porteiro._ Quem é vc pra mandar em mim?
Botei o farou alto em cima dos dois pra ver melhor a cena.
Quando meu assaltante revelou sua atividade, nem o porteiro acreditou. Sorriu com o conto do lábios naquela expressão de descrença. Aí, juro, o assaltante teve uma reação inesperada: Virou-se para mim e pediu minha confirmação.
_ So- sou ou não so-sou?
_ Pedi licença a Eliane, interrompi a conversa, botei a cabeça pra fora do carro e falei com o porteiro:
_ É isso aí. Ele é um assaltante! ( Meu assaltante, pensei.).
O ladão levantou a fralda da camisa sempre desajeitado, e mostrou o ''documento'' na cintura. O porteiro mudou de cor e se jogou de costas, braços abertos contra a parede. O assaltante tornou a empunhar a arma e voltou á minha janela com uma pergunta que contando parece mentira.
_ Onde é que nó-nó... nó nós estávamos?
_ Bem, se não mim engano, falávamos sobre o problema da serra pelada:
_ De... o que?
_ Ouro! Toma logo minha pulseiras _ Disse Eliane, nervosa, querendo acabar com aquilo.
No momento em que o assaltante ia metendo a mão pela janela, parou um fusca ao meu lado, cheio de gatões e gatinhas. buzinando para alguém no prédio. O assaltante recuou o braço, assustado com aquela persença inesperada. Assustou-se mas ainda com as cabeças que apareceram nas janelas. Um pouco apertado entre os dois carros, fez um gesto brusco e saio correndo ladeira abaixo. Antes, ainda pude ouvi-lo reclamar: '' Pronto, estragou tudo!''. No gesto, esbarrou no espelho retrovisor e deixou cair a arma. Apanhei-a e levei-a para casa, sem saber sem saber se ficava triste ou alegre com o resultado da experiência. Meu primeiro assalto foi mas proveitoso que poderia imagina: Rendeu uma cronica e um 38. Se é que foi um assalto. Como se chama o delito penal quando a assaltado sai no lucro?
                                                                 By Carlos Eduardo

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