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Wednesday, November 27, 2013

CGM apura envolvimento de 13º fiscal na Máfia do ISS

Servidor é citado por testemunha como frequentador do 'ninho' da quadrilha do ISS e em episódio de extorsão do grupo por delegado

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Roberto Victor Anelli Bodini, promotor de justiça do GEDC, e Cesar Dario Mariano da Silva , promotor de justiça de patrimônio social,  durante entrevista coletiva a respeito do caso da corrupção dos fiscais da prefeitura de São Paulo, realizada na sede da Promotoria Pública de São Paulo - (14/11/2013)
Roberto Victor Anelli Bodini, promotor de justiça do GEDC, e Cesar Dario Mariano da Silva , promotor de justiça de patrimônio social,  durante entrevista coletiva a respeito do caso da corrupção dos fiscais da prefeitura de São Paulo, realizada na sede da Promotoria Pública de São Paulo - (14/11/2013) - JF Diorio/AE
A Controladoria Geral do Município (CGM) vai apurar se mais um servidor da prefeitura de São Paulo está envolvido na quadrilha de fiscais acusada de fraudar a arrecadação de impostos. O auditor Edison Steinberg, que deve ser ouvido como testemunha nesta quarta-feira pelo órgão, é citado em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE) como frequentador do escritório do grupo apelidado como "ninho da corrupção" e teria relatado um caso de extorsão policial.
Steinberg foi citado por uma testemunha protegida identificada como "Alpha". No documento, ele é descrito como "um bom amigo para Ronilson (Bezerra Rodrigues, apontado como líder do esquema), que frequentava o escritório". O local, uma sala comercial alugada no centro da capital, era usado por Rodrigues e pelo também auditor Eduardo Horle Barcellos para a prática de crimes, aponta o Ministério Público. No local, foram achados 88 000 reais em dinheiro.
A testemunha-chave do caso é uma mulher, a “Alpha”, que se diz íntima de Rodrigues. Segundo ela, o subsecretário da Receita, que trabalhou durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), contou que Steinberg "verificava na Polícia Civil a existência de alguma investigação contra si". "Certa vez, Edison (Steinberg) revelou que existia investigação contra vários fiscais e o delegado de polícia, e apenas para fazer a verificação, exigiu 7 000 reais de cada investigado", afirma. Ele é o 13º auditor cuja atuação será apurada pela CGM.
O relato da testemunha afirma que "alguns auditores pagaram" o policial, "até mesmo Rodrigues e Barcellos". No entanto, nem o nome nem o departamento do delegado foram revelados. O caso é investigado também pela Corregedoria da Polícia Civil.
O depoimento de Steinberg está marcado para acontecer na manhã desta quarta-feira. Apesar dos indícios, ele será ouvido como testemunha. Antes dele, deve prestar depoimento, também como testemunha, o auditor fiscal Leonardo Leal Dias da Silva, ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança da Prefeitura, que pediu exoneração depois de ter seu nome envolvido nas investigações. 
Outra testemunha protegida do Ministério Público do Estado afirmou que Silva estava entre os "fiscais que estão envolvidos no esquema de arrecadação indevida de dinheiro de comerciantes". Ele nega as acusações. Até agora, doze funcionários já foram afastados ou exonerados. Os servidores de carreira responderão a processos administrativos.
Empresas - Mais duas incorporadoras entraram para a lista de empresas suspeitas de ligação com a quadrilha do imposto sobre serviços (ISS). Documentos das empresas que haviam sido apreendidos no dia 30 de outubro na casa do auditor Luis Alexandre Cardoso de Magalhãese foram analisados ontem devem motivar a convocação pelo Ministério Público Estadual. Os nomes das empresas não foram divulgados. "O que a gente não sabe é se as notas estão corretas ou não. A gente tem de fazer uma análise mais profunda", disse o promotor que lidera as investigações do caso, Roberto Bodini.

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