Obama pede união aos democratas para evitar mais sanções ao Irã
Foi a primeira vez que o presidente dos Estados Unidos se empenhou pessoalmente pedindo para os congressistas darem uma chance à diplomacia
O presidente de Estados Unidos, Barack Obama, pediu na noite desta quarta-feira que os senadores democratas se unam e o apoiem para evitar novas sanções contra Irã enquanto durarem as negociações nucleares, em referência a um projeto de lei bipartidário sobre o assunto que tem grandes possibilidades de ser aprovado no Senado. Obama transferiu essa mensagem pessoalmente aos legisladores democratas, com os quais teve sua primeira reunião do ano na Casa Branca, um encontro no qual pediu união em torno dos objetivos comuns em 2014, ano marcado pelas eleições legislativas de novembro.
O projeto sobre o Irã que é discutido no Senado foi promovido pelo senador democrata Robert Menéndez e pelo republicano Mark Kirk e já reuniu o apoio de 59 legisladores, o que o deixa a um voto dos 60 necessários para ser aprovado na casa. Apesar de a Casa Branca ter ameaçado vetar essa lei, os senadores poderiam contornar esse veto se conseguirem aprovar o projeto com 67 votos favoráveis, um objetivo que não está muito distante. Nas últimas semanas, a administração Obama fez claras advertências aos legisladores democratas que apoiam um aumento das sanções contra o Irã, mas agora foi a primeira vez em que o presidente expressou pessoalmente sua posição aos senadores, com os quais não se reunia desde outubro do ano passado.
Um dos legisladores que assistiu ao encontro na Casa Branca, o senador Jeff Merkley, afirmou que o clima geral tinha sido de “bastante apoio” à postura defendida por Obama. “O presidente falou de maneira apaixonada sobre o caminho que devemos seguir para aproveitar esta oportunidade que temos. E se o Irã finalmente não tomar as decisões necessárias, o presidente estará pronto para assinar uma lei que endureça as sanções. Mas temos que deixar que passem estes seis meses”, disse Merkley.
Nesse mesmo sentido Obama se pronunciou na última segunda-feira em entrevista coletiva, quando afirmou que se o Irã não aproveitar a “oportunidade” que a comunidade internacional está oferecendo, o governo dos EUA estará “em condições de reverter qualquer acordo provisório e iniciar uma pressão adicional para garantir que o Irã não obtenha uma arma nuclear”. Obama ressaltou ainda que “não é o momento” de aplicar novas sanções contra o Irã, mas de permitir “que os diplomatas e os especialistas técnicos façam seu trabalho
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