Google+ em 2014: é vai ou racha
O ano de 2014 será decisivo para o Google+, um dos mais ambiciosos projetos desenvolvidos pelo gigante de buscas. Por um lado, há um cenário favorável. O arquirrival Facebook dá sinais de cansaço (ou melhor, os usuários jovens da maior rede social do mundo emitem tais sinais…), alvejado por novos concorrentes, como os aplicativos WhatsApp e Snapchat. O outro lado, contudo, mostra que a rede do Google tem muito o que fazer. A caminho dos três anos de vida, ele já possui meio bilhão de cadastrados (metade do Facebook), mas essa gente pouco visita a plataforma. A saída pode ser induzir os adeptos de outros serviços do Google a usar a rede social. É vai ou racha.
O gigante de buscas vem se esforçando para fazer o Google+ avançar. Para isso, tentou fazer da ferramenta um produto completo, ou melhor, recheado de funcionalidades. Em 2013, mais de quarenta recursos foram introduzidos no serviço, indo da publicação de gifs animados como fotos dos perfis (sequência de imagens que cria uma animação simples) à personalização de URL de perfis (como é o caso de VEJA com http://google.com.br/+veja). A ideia era motivar os usuários a trocar os “likes” da rede de Mark Zuckerberg pelo recurso “+1″, versão do botão curtir no Google+. Pouco adiantou, provam os números. Os usuários não navegam no Google+ mais do que 2% do tempo que dedicam ao Facebook. É goleada.
Em 2014, o Google pode intensificar a estratégia de induzir (ou forçar, em alguns casos) usuários de outros serviços da empresa a usar a “rede da casa”. Exemplos: desde novembro, o YouTube exige ao usuário a criação de um perfil na rede para comentar em cada vídeo. Havia uma razão nobre: destacar os conteúdos mais relevantes e inserir filtros que represassem, por exemplo, textos ofensivos. Os testes sofreram um duro golpe.
No mesmo dia do anúncio, a caixa destinada aos comentários foi invadida por spammers, perfis falsos criados no próprio Google+. Houve uma enxurrada de críticas. Uma petição on-line com mais de 225.000 assinaturas contra a nova funcionalidade circula na rede. O Google, em nome do YouTube, admitiu o erro, mas garantiu que vai manter o recurso.
A iniciativa mostra como o Google pretende alimentar sua rede. O ano de 2014 será decisivo para isso. A chave para o sucesso, contudo, pode estar no próprio coração da empresa: as buscas. Aprofundar a integração entre resultados de buscas e indicações de usuários da rede — mecanismo conhecido como busca social — poderia dar bons frutos. Por ora, o Google+ ainda não tem uma boa isca para atrair mais adeptos. Ainda falta um plus à rede. Ela ainda é umGoogle+-.
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