Chefona alemã ama futebol, mas é 'pé-frio' nos estádios

Brasil e Alemanha, que decidem em Belo Horizonte, às 17h, uma vaga na final da Copa têm em comum o fato de serem países hoje comandado por mulheres

Brasil e Alemanha, que nesta terça-feira decidem em Belo Horizonte, às 17h, uma vaga na final da Copa do Mundo têm em comum o fato de serem países hoje comandado por mulheres.

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Mas, enquanto a presidente brasileira Dilma Rousseff é pouca chegada a futebol, a primeira-ministra alemã Angela Merkel é uma torcedora fanática, tanto em termos de seleção quanto de clubes. Só que desde que assumiu o poder, em 2005, não dá sorte para seus times.

A começar pelo seu clube de coração. o Energie Cottbus, time modesto, mas que antes da chegada de Merkel ao poder havia disputado a primeira divisão da Bundesliga três vezes. Quando a "torcedora honorária" virou primeira-ministra, o clube estava na segunda divisão. Se manteve nela até a última temporada, quando terminou na lanterna e foi rebaixado para a terceira divisão do futebol alemão.

Merkel também não trouxe sorte à seleção alemã, que tem uma geração talentosa, mas que acumula fracassos nos momentos decisivos.

A premiê esteve em estádios durante as Copas do Mundo de 2006, 2010 e agora, no Brasil, quando viu seu time golear Portugal por 4 a 0, em Salvador. Mas nas duas primeiras a Alemanha parou nas semifinais. Mais pé-frio Merkel foi na Eurocopa. Ela acompanhou in loco as disputas de 2008 e 2012, em que a Alemanha também não teve sucesso.

Na primeira, estava em campo na decisão, em Viena, entre Alemanha e Espanha. Os ibéricos até então tinham fama de perdedores, mas venceram por 1 a 0, para desgosto de Merkel.

Na Alemanha, a mídia discute a forte presença de Merkel em estádios de futebol. Alguns jornais reconhecem sua paixão pelo esporte, mas também discutem o caráter eleitoreiro de seus gestos nas tribunas de honra. E também há a discussão sobre os gastos do governo com as viagens da premiê para os jogos.