CBN BRASIL

Monday, August 25, 2014

Se você não quiser ou não puder apagar a luz e se mudar do Brasil, pense bem antes de votar nulo ou branco. 

A força dos nulos, brancos e indecisos

Não cruzem os braços, não sejam meros espectadores. Vamos votar, está combinado?

Eles são 24%, quase um quarto do eleitorado brasileiro. 

Tenho simpatia por esse exército de deserdados, órfãos, ou qualquer nome que se queira dar aos 34 milhões de brasileiros aptos a votar, mas dispostos a abrir mão de escolher o próximo presidente.

 Os dados são da última pesquisa do Ibope, divulgada na quinta-feira.

Tenho simpatia, mas, diante da encruzilhada em que se encontra o Brasil, sinto vontade de dizer: escolham um candidato, mesmo que não estejam totalmente convictos, mesmo que tenham de cobrar depois.

 Sou contra o voto obrigatório, por considerar o voto um direito e não um dever. Mas, se assim é a lei em nosso país, vamos votar em alguém, está combinado?

Não cruzem os braços, não sejam meros espectadores, não se apoiem na falsa comodidade de pensar que nada têm a ver com isso que está aí.

 Numa democracia, somos todos responsáveis, em algum grau, pelos rumos da cidade, do Estado e do país.

São vários os sentimentos por trás da vontade de anular ou deixar branco o voto, cara a cara com a urna.

 Desencanto, revolta, indiferença, impotência, desinformação, desconfiança. 

Vontade de não se misturar à corja de políticos que só sabem aumentar os impostos e roubar a educação, a saúde, a habitação, o transporte, a segurança.

 Mentem com desfaçatez. E roubam até dos pobres.

Simpatizo com os nulos, brancos e indecisos, mas jamais consegui, na hora de votar, assumir esse “protesto” inútil.

 Lamento que o eleitor jovem tenha se afastado, diante da sucessão de escândalos e alianças sujas no partido que mais prometeu ética na recente história política brasileira.

 Entre 2010 e 2014, caiu 31% o número de eleitores entre 16 e 18 anos.

 Por que, Lula? Por que, Dilma? Por que, oposição?

 É uma questão de agenda, arrogância, credibilidade ou tudo junto?

Muitos jovens também se desiludiram com a violência e o vandalismo dos protestos de rua. 

Protestos que começaram vestidos de branco e terminaram de preto.

 Numa ditadura, o extremismo se entende. Numa democracia, é patético.

 Foi covarde e nojenta a repressão policial – de uma truculência e omissão inaceitáveis. 

Mas os autoproclamados líderes dos protestos afastaram o povo, que não quer um país em chamas.

Há quase 142 milhões de eleitores no Brasil.

 De acordo com a última pesquisa do Ibope, Dilma Rousseff (PT) tem 38%;

 Aécio Neves (PSDB), 23%;

 Eduardo Campos (PSB), 9%;

 outros, 6%.

 Os nulos, brancos e indecisos somam 24%. Mais que o segundo colocado na disputa para a Presidência.

Trinta e quatro milhões de brasileiros, a dois meses das eleições, não têm em quem votar para presidente, por rejeição ou desinteresse. 

No mundo, somente 37 países têm mais habitantes – não eleitores – que nosso exército de órfãos da política.

Esse enorme contingente é valioso para todos os candidatos, porque quem já decidiu dificilmente mudará o voto, a não ser que a campanha revele algo catastrófico.

 Até agora, a disputa anda tão fria nas ruas que lembra a Copa do Mundo.

Provavelmente continuará assim, incendiando apenas as redes sociais, que têm estado intragáveis com a invasão dos militantes.

Campos, na ansiedade de subir para dois dígitos e conquistar os indecisos, afiou um discurso de terceira via, pela educação em tempo integral em todas as classes sociais, e afirmou: “Os únicos que não governarão com Renan, Sarney e Collor somos nós, Marina e eu”.   Mas agora ficou somente com a Marina manter a promessa...

A nova classe média, cortejada pelo PT, anda ressabiada.

 Segundo uma pesquisa do Data Popular, 32% da classe C acha desesperadora a situação. 

Para 69%, está difícil pagar as contas de manutenção da casa e de comida.

 Com malabarismos, a classe C tenta fazer o gasto caber no orçamento. 

Um exercício que o governo ignora.

 Os gastos públicos aumentam sem parar.

 O Planalto sabe que o povão não lê nada sobre economia, e muitos nem recebem conta de luz.

Informe-se e decida. É aqui, neste país onde crescem os filhos e os netos, que as mudanças precisam acontecer.

 Todos os candidatos sabem disso. Tanto que os três prometem mudar.

Não dá para conviver com esse noticiário escabroso de roubalheira oficial, escolas depredadas e sem professores, hospitais sem higiene, sem leitos, sem equipamento e sem médicos, barracos sem sistema de esgoto, mares e lagos poluídos, assaltantes e PMs que matam e estupram.

É nocivo para a saúde ver como o Brasil maltrata os honestos e enriquece larápios. 

Vote em Dilma. Vote em Aécio. Vote em Campos. Mas vote mesmo, na hora da verdade.

by Ruth Aquino


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