Surreal: a moeda que virou piada para os consumidores cariocas
Cariocas denunciam preços abusivos no Rio e ironizam: "A nova moeda carioca é o Surreal"
Revoltados com o que chamam de “preços extorsivos” um grupo de jovens criou a fanpage  Rio $urreal, no Facebook. A página conta com as denúncias de mais de 190 mil fãs, que relatam suas experiências desagradáveis na hora de pagar o que consumiram nos mais diversos estabelecimentos do Rio de Janeiro. 
O economista e professor do Ibmec, Alexandre Espírito Santo, explica que “vivemos em uma economia de mercado, que segue os princípios de livre concorrência. Assim, os preços e a disponibilidade de produtos são determinados pela lei da oferta e da procura”. Para ele, “os movimentos sociais são válidos e podem realmente colaborar para a redução de preços. Se a população se posiciona e se recusa a pagar por um produto que está com um preço abusivo, os estabelecimentos irão diminuir esses preços. Primeiro um, depois outro e assim sucessivamente. Agora, se a maioria opta por pagar, esse quadro não vai mudar”.
Os Isoporzaços têm chamado a atenção nas praias do Rio. Para não pagar os altos preços nas praias, os cariocas se reúnem e cada um leva seu isopor com gelo e aquilo que pretende consumir, como sanduíches, água, cerveja, água de coco e sorvetes. “Se uma latinha de cerveja está 3 reais no supermercado, não preciso pagar 7 reais só porque estou na praia. Posso comprar e levar no meu isopor. Todos podem fazer isso e com os mais diversos produtos”, explica o professor.
É preciso também estar atento para o motivo dos preços elevados. Alguns produtos podem ser caros porque existe escassez de sua oferta. “O verão tem causado desequilíbrio em algumas safras, mas isso vai voltar ao normal e vai se estabilizar. Quando esse quadro acontece é normal que haja um aumento nos preços, mas não pode haver um aumento exponencial e injustificável”, esclarece o Alexandre.
O economista acredita que “o que nós vemos com esses movimentos é a conscientização do consumidor. Ele não aceita mais os exageros e começa a se questionar. Essa indignação está começando a se expandir para o restante da população. Se você acredita que está sendo ludibriado, tem que se defender. E isso está sendo feito”. 
 
 
 
 
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