ESPN: Maracanã gasta milhões com amigos de governador e cartolas
De acordo com a reportagem, o oficial nega que tenha participação na empresa. Mas, mês passado, a ESPN recebeu um cartão de visitas do policial em que ele se apresenta como diretor da companhia. Na quarta-feira 29 de maio, a reportagem ligou para a sede do grupo, na Tijuca, e a atendente disse que o coronel ficava na sede do Leblon e que mais informações poderiam ser dadas pela diretoria. Além disso, o jovem oficial pode ser visto em todo dia de jogo, à beira do gramado do Maracanã.
Com a saída do ex-governador do Rio Sérgio Cabral para que Luiz Fernando Pezão, candidato à sucessão do governo, assumisse, o coronel Fellipe também deixou o governo. Foi cedido para a Assembleia Legislativa do Rio, segundo a ESPN.
O texto prossegue afirmando que a Sunset teve seu primeiro contato com segurança de estádios na Copa das Confederações, da Fifa, ano passado. O grupo também fará a segurança da Copa do Mundo para a entidade. O ex-governador Sérgio Cabral também foi procurado pela reportagem da ESPN. Por meio de sua assessoria, ele informou que a escolha da empresa de segurança é responsabilidade do contratante.
Outra marca visível do Maracanã privado é o serviço de orientação de público. A reportagem destaca que a empresa contratada é a Entreter Festas e Eventos LTDA. Um dos sócios seria Paulo César Cupello, irmão de Carlos César Cupello, o Tio Carlos, vereador do Rio. A empresa foi fundada por ele em 2003. Atualmente, o parlamentar não faz mais parte do quadro de sócios. Ele afirmou à reportagem da ESPN que não tem qualquer participação na empresa de sua família e que sua história com o entretenimento vem muito antes de sua atuação como vereador.
De acordo com balanço financeiro publicado em março, desde o início das operações do consórcio, após a Copa das Confederações, o estádio pagou R$ 17 milhões aos serviços de orientadores e "stewards". O valor é R$ 4 milhões a mais que as duas maiores receitas somadas, aluguel e bilheteria, que renderam R$ 13 milhões, esclarece a ESPN.
Os valores exatos dos contratos não foram divulgados, embora o Maracanã seja uma concessão pública e deveria ser regido pelas normas de transparência. Veja aqui a íntegra das respostas da concessionária que administra o estádio.
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