Sem 'guerra' e com Paulinho, Felipão espera Brasil melhor
Técnico confirma substituto de Luiz Gustavo, guarda esquema com 3 zagueiros como opção para mudar jogo e comemora falta de rivalidade com colombianos
Depois de sofrer para eliminar o Chile, o Brasil espera jogar muito melhor contra a Colômbia. A seleção do técnico Luiz Felipe Scolari reconhece que a adversária de sexta-feira é bem superior ao rival batido só nos pênaltis nas oitavas de final, no Mineirão. As características dos colombianos, porém, deixam o treinador e seus atletas mais confiantes e esperançosos antes das quartas de final, no Castelão, em Fortaleza. “Como equipe, a Colômbia é bem melhor que o Chile. Ela joga seu futebol, e o melhor: não existe guerra contra a Colômbia”, disse Felipão, aliviado por não ter de encarar outro rival com passado de confrontos atribulados. “Nossas guerras são com o Chile, o Uruguai, a Argentina. Os jogos que fazemos com a Colômbia são alegres. Bem disputados, mas sem essa rivalidade toda. Isso impede que o jogo vire algo que a gente não quer”, explicou, em referência ao clima tenso no Mineirão e às dificuldades diante da “malandragem e perspicácia” de outros selecionados sul-americanos. “Na bola, contra a Colômbia é muito mais difícil, claro, mas é outro tipo de partida, em que o nosso jogador acaba se sentindo mais à vontade.”
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O capitão Thiago Silva concorda com o treinador – e, mesmo diante da perspectiva de encarar jogadores extremamente habilidosos, como James Rodríguez e Juan Guillermo Cuadrado, garante preferir um adversário como a Colômbia. “Para mim é bom. É uma equipe que vem para cima, que joga, que é diferenciada tecnicamente. A partida fica mais aberta e melhor de se jogar, pelo menos na teoria.” Tanto Felipão como Thiago destacaram as semelhanças entre Brasil e Colômbia, apostando também numa partida mais bonita de se ver. “É um time muito parecido com o nosso, de uma escola praticamente igual”, avaliou o zagueiro. “Gosto de ver a equipe deles jogar, com atletas de grande qualidade técnica e boa disciplina tática. Nada diferente do meu time, aliás. Será um bom jogo de futebol”, concordou Felipão, que evitou fazer referências à última partida entre as equipes, em novembro de 2012 (empate por 1 a 1, em Nova Jersey, ainda sob o comando de Mano Menezes). “Eu não era o técnico, não posso dizer nada.” Sem experiência recente de duelo com os colombianos, Felipão prevê uma partida equilibrada. “Vamos para o jogo respeitando e admirando o futebol deles, e sei que eles estão falando a mesma coisa.”
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Opções - Depois de ensaiar diversas alternativas nos treinos dos últimos dias na Granja Comary, o técnico confirmou sua equipe para a partida de sexta sem alterações radicais na escalação ou na formação tática. Com Luiz Gustavo suspenso, Paulinho retorna ao time titular, deslocando Fernandinho para a posição de primeiro volante. A possibilidade de jogar com três zagueiros, sacando o centroavante Fred e colocando Henrique entre Thiago Silva e David Luiz, fica como uma alternativa para mudar a partida. “Dependendo do resultado e do andamento do jogo, poderemos recorrer a ela. O Henrique já estava acostumado a fazer essa função comigo no Palmeiras e sabe como se comportar na posição. É uma opção.” Mesmo elogiando a técnica dos colombianos, Luiz Felipe Scolari descartou mudar seu sistema de marcação para reforçar a perseguição aos dois principais responsáveis pelo sucesso da equipe do técnico argentino José Pekerman, os meias Rodríguez e Cuadrado. “Faremos uma marcação forte sobre a Colômbia toda, não sobre um ou dois jogadores específicos. Será uma marcação por setor, como sempre fazemos.” Para Thiago Silva, a disposição tática das duas equipes resultará numa grande partida: “Como são seleções de qualidade, fica um jogo bonito. Quem ganha é o torcedor.”
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