Estado do Rio inicia despoluição da Baía de Guanabara
As obras para despoluição da Baía da Guanabara vão começar, ainda este mês, pelo sistema de esgotamento sanitário de Alcântara, no município de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito hoje (3) pelo governador Luiz Fernando Pezão, durante solenidade para marcar o início das obras. Com o sistema, o volume de esgoto sem tratamento despejado na baía será reduzido em 800 litros por segundo, o que equivale a aproximadamente 1,2 milhão de litros por dia, de acordo com análise técnica.
“Queremos a baía limpa não só para os jogos olímpicos, mas para a saúde da população”, disse o governador, que também anunciou a ampliação, de 45% para 60% até o fim do ano, na oferta de água. “Às vezes as pessoas ficam olhando [para a Baía de Guanabara] só no lado do município do Rio de Janeiro, mas tem o entorno todo. Temos que avançar muito no tratamento de esgoto daqui. Primeiro foi a água, agora vamos tratar o esgoto”, acrescentou.
O sistema de esgotamento sanitário vai atender a cerca de 230 mil pessoas da região, com custo previsto de R$ 355 milhões para o assentamento de redes e a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Alcântara para tratar esgotos de cinco bairros de São Gonçalo, numa primeira etapa, que deve ficar pronta até o fim do ano, de acordo com estimativa do governo estadual. Em uma segunda etapa da obra, a ETE ampliará o atendimento a mais sete bairros, beneficiando 450 mil pessoas.
Para o secretário estadual do Ambiente, Carlos Portinho, além de beneficiar a população de São Gonçalo, a construção do sistema também vai permitir que o estado avance no saneamento do entorno da baía.
“São Gonçalo é uma região altamente adensada, com necessidade urgente de rede de esgoto e tratamento. Talvez aqui em Alcântara seja a maior obra do Psam [Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara]. Nós vamos avançar com a interligação das redes nas residências e a conclusão da estação de tratamento, o que vai beneficiar, além da população, a Baía de Guanabara, que hoje recebe muitos resíduos”, declarou.
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